Passarelas ambientadas em rodovias garantem mais vida para os animais, tráfego expresso mais seguro e livre de acidentes
A proteção da fauna e flora brasileira é discutida há anos por ambientalistas e protetores da nobre causa. Chega às redes sociais muitas vezes de maneira negativa, pois pouco se vê tratar do assunto quando relacionado à importância dada ao tema dentro do Programa de Concessão de Rodovias e todas as medidas que envolvem o assunto.
A responsabilidade ambiental sempre foi pauta das áreas de engenharia e meio ambiente das concessionárias que coordenam ações e investimentos preventivos antes, durante e depois das obras de ampliação, duplicação e melhorias das rodovias concedidas.
O estado de São Paulo foi o primeiro incorporado ao Programa de Concessões de rodovias estaduais, em 1999, e hoje, de acordo com a Agência Reguladora de Transporte do Estado de São Paulo – ARTESP, apresenta uma redução constante e significativa no índice de atropelamento de animais silvestres nos últimos quatro anos.
Segundo a ARTESP, entre 2017 e 2020, a queda neste índice chegou a 5%. Nos primeiros cinco meses de 2020, o número de casos foi de 2.392, redução de 3,5% em comparação ao mesmo período de 2019. Apesar de parecer uma redução pequena, ela segue em crescimento e é extremamente significativa diante dos esforços somados pelas concessionárias de rodovias de São Paulo para conquistar este feito.
Os bons resultados apresentados também são atribuídos às instalações de passagens de fauna aéreas e subterrâneas, associadas a cercas direcionadoras, adequação de pontes e placas de sinalização e implantação de redutores de velocidade. “Com a implantação desses recursos, é possível verificar redução de quase 70% nos casos de atropelamentos naqueles pontos identificados como mais críticos.” (Fonte: ARTESP)
A empresa, especializada em fabricação e instalação de passarelas, atua em todo o Brasil e executou seis passagens aéreas, com a estrutura das travessias, e, 10 ambientações que preparam a travessia com cordas e madeiras, entre outros elementos que caracterizam o habitat do animal. As primeiras estão situadas em Casemiro de Abreu/RJ e Silva Jardim/RJ.
Para Samuel Rossini Marcondes, Engenheiro de Meio Ambiente, esse tipo de dispositivo revela o compromisso das empresas e órgãos fiscalizadores em preservar o meio ambiente e a fauna. “O atropelamento de animais silvestres gera um grande prejuízo para o meio ambiente não só pela diminuição da quantidade em si, como a redução da diversidade das espécies, isso quando o animal atropelado não é uma espécie já ameaçada de extinção, como é o caso do Tamanduá-bandeira. Há que se destacar também o enorme risco que esses atropelamentos representam para os usuários, principalmente das rodovias. Assim, a implantação de passagens de fauna, sejam elas aéreas ou sob as rodovias ou ferrovias é uma necessidade fundamental para a qualidade ambiental do entorno desses empreendimentos e para a segurança das pessoas”, conclui o engenheiro.
Redação Agência LEV